Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Workshop debate alternativas para empresas do Rio - Prêmio Finep

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O Workshop de Apoio à Inovação nas Empresas do Rio de Janeiro que aconteceu na quarta-feira, 5/6 no Espaço FINEP, trouxe à luz temas recorrentes, o que prova a necessidade de os órgãos de fomento buscarem cada vez mais alternativas de apoio ao empreendedorismo. Inovar permanentemente, ter acesso a financiamentos ágeis, equacionar o gargalo das garantias e apostar nas empresas nascentes (startups) foram a tônica do evento, que reuniu representantes do Sebrae, da Agerio, da Rio Negócios, do INT e da Endeavor. O programa Inovacred da FINEP mereceu destaque como um dos instrumentos capazes de atender o empresariado com eficiência e rapidez.

O painel “Como aumentar o investimento em inovação nas empresas fluminenses?” teve a participação do Sebrae, da AgeRio, do INT, da Rio Negócios, com mediação do analista Carlos Ganem, da FINEP.

Armando Clemente, diretor do Sebrae, esclareceu que o serviço tem quatro tipos de clientes: “o micro com potencial, o micro empreendedor, o micro e pequeno e o produtor rural, que precisam de recursos para capacitação que os torne capazes de inovar”. Adiantou que o Sebrae acaba de firmar parceria com o CNPq para formar agentes capazes de trabalhar, junto às empresas, o desenvolvimento de tecnologias e processos. E garantiu: “o Sebrae sempre foi parceiro do Rio de Janeiro".

Representando a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Fabiano Galindo recordou as caravanas tecnológicas que percorrem as cidades do interior apoiando as empresas que têm foco na inovação. “A inovação é estratégica e o Rio é um estado rico em criatividade, por isso precisa de instrumentos que permitam explorar financeiramente esta vocação”, continuou.

Em nome da AgeRio, Cláudio Moraes lembrou que o Rio tem o maior número de doutores em biotecnologia do País e, no entanto, “convivemos, quase lado a lado, com a excelência e a tragédia”. Exemplificou que, de um lado, a cidade tem o Fundão com o hospital de excelência. Mas do outro lado da Linha Vermelha, um dos maiores índices de tuberculose do Brasil. A agência foi criada para fomentar, por meio de soluções financeiras, o desenvolvimento sustentável do Estado do Rio de Janeiro, com excelência na prestação de serviços.

Uma das empresas apoiadas é o Spoletto, cuja grande inovação foi o modelo de negócios. O restaurante optou por trazer a cozinha para a frente e, com isso, inovou e ganhou o mercado. A AgeRio utiliza recursos próprios, fundos estaduais, além de ser agente financeiro do BNDES, da FINEP( via Inovacred) e da Caixa.

A apresentação do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) trouxe a questão da Embrapii, uma iniciativa conjunta do MCTI, da CNI, com apoio da FINEP. Segundo Wladimir Maia, analista da Coordenação de Negócios, “ao Instituto coube uma posição estratégica para estimular a inovação nas empresas, porque reúne competências nas áreas de energia, saúde, petróleo e gás, petroquímica, defesa, energias renováveis, química verde e tecnologias sociais”. Tem o papel de articular empresas, redes de ICTs, e Governo para complementar a atuação das agências de fomento e promover a inovação.

Os recursos investidos nos projetos de inovação industrial no âmbito do Programa Embrapii são tripartites: 1/3 vem da CNI-FINEP (não reembolsável), 1/3 da empresa interessada (aporte financeiro) e 1/3 do INT, que entra com contrapartida econômica (capital humano e infraestrutura tecnológica).

A Rio Negócios, representada por Katie Pierozzi, é uma agência de promoção de investimento do Brasil. Está no Rio de Janeiro e foi criada em maio de 2010 para desenvolver projetos, promover a cidade como destino de negócios e facilitar a atuação empresarial. Disse ela: “nosso foco são as startups, que precisam crescer e se transformar em empresas de maior porte, mas para isso é necessário políticas de empreendedorismo e desburocratização”. Está convencida de que é importante oferecer serviços aos empresários, checar a necessidade de cada um, e até trazer para o Rio uma universidade internacional para formar gestores.

A plateia queixou-se das dificuldades de obter financiamento, da morosidade, da burocracia e principalmente da questão das garantias, exigidas pelas agências de fomento. Mas ficou claro também pelos debatedores que as empresas precisam sair da inércia, pensar em reestruturação, trabalhar mais e focar no que realmente importa.

A segunda parte do workshop foi dedicada à apresentação da Endeavor, organização internacional que promove o empreendedorismo de alto impacto e o desenvolvimento econômico de países em desenvolvimento. Marcelo Guimarães, que integra a equipe de seleção e serviços ao empreendedor foi categórico: "o que a Endeavor busca é transformar o Brasil na maior referência em empreendedorismo no mundo".

Para exemplificar o trabalho desenvolvido, Guimarães chamou Alexandre Pi, empreendedor da APPI Tecnologia, fundada em 1993 mas que só no início dos anos 2000 foi aprovada pela Endeavor. A empresa é responsável pelo desenvolvimento das transações da Cielo, considerado um dos maiores cases mundiais de gestão de terminais. Hoje, tem 2 milhões de terminais e 3 milhões de transações por mês.

Na verdade, o que importa para a Endeavor é sonhar grande, ter brilho no olho, gerar valor real, ter resultado e apostar na ética.

Para encerrar, o analista Pedro Lito, da FINEP, apresentou o Prêmio FINEP de Inovação, conclamando os empresários a participarem do que ficou conhecido como o Oscar da Inovação.

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